BRUNO RIBAS
Uma das revelações da nova geração de intérpretes, Bruno Ribas é admirado pelo belo potencial vocal. Neto do portelense Manacéa (compositor do clássico “Quantas lágrimas”), o cantor começou no carnaval como integrante da bateria da Mangueira Mirim e logo em seguida passou a cantar no carro de som da Mangueira do Amanhã.
Após completar o serviço militar prestado na Aeronáutica, resolveu investir na música. Com sua bela voz e um histórico de desfiles nas escolas mirins, Bruno Ribas foi parar no Morro de São Carlos e fez parte do carro de som da Estácio de Sá ao lado de Serginho do Porto, no Grupo A, em 2002. Sua estréia como intérprete principal na Marquês de Sapucaí ocorreu no ano seguinte, quando conduziu a emergente Inocentes da Baixada, com o samba “O gênio da Inocentes e a lâmpada maravilhosa”, no Grupo A. Sua performance chamou atenção de todos pelo timbre muito parecido com o de Wander Pires.
Retornou à Mangueira em 2003, concorrendo como compositor e defendendo seu próprio samba. Foi convidado a fazer parte da equipe de intérpretes auxiliares ao lado do mestre Jamelão, de Luizito e Clóvis Pê. Bruno participou da disputa de samba da Beija-Flor para o enredo “Manôa, Manaus, Amazônia terra santa” e defendeu na final o samba campeão. Devido ao bom desempenho, foi convidado pela diretoria da escola para ser o segundo intérprete, fazendo parte do carro de som ao lado de Neguinho da Beija-Flor. Bruno passou a considerá-lo como seu padrinho no mundo do samba. Ainda em 2004, puxou novamente a Inocentes da Baixada, o que lhe valeu o prêmio Samba Net de melhor intérprete do Grupo A.
Bruno Ribas estava quase fechando contrato para puxar o samba da São Clemente em 2005, quando surgiu um convite irrecusável para substituir Gera como a voz oficial da Portela, o que acabou sendo, de certa forma, um retorno às suas raízes em Madureira. Em 2006, defendeu as cores da Grande Rio. Em 2007 e 2008, puxou a Mocidade. Aliás, em 2008, cumpriu jornada dupla: cantou na escola de Padre Miguel (obtendo o Estandarte de Ouro de melhor intérprete) e também defendeu o Império de Casa Verde, em São Paulo. Em 2011, estreou no carnaval virtual da LIESV, defendendo a Tigres de Niterói. Defendeu a Unidos da Tijuca de 2009 a 2013, ganhando os títulos de 2010 e 2012. Para 2014, chegou a acertar com o Vai-Vai, mas acabou dispensado da escola paulistana. Dias depois, acertou seu retorno à Mocidade na véspera da gravação da faixa da escola do CD 2014, permanecendo em Padre Miguel até 2016. Em 2017, foi intérprete oficial da Tom Maior, em São Paulo, e atualmente faz participação especial na Sâo Clemente.
Início: começou puxando sambas na Mangueira do Amanhã, no final dos anos 80
Primeiro ano como intérprete oficial: 2003
2002 – Estácio de Sá (apoio do Serginho do Porto)
2003 – Mangueira (apoio de Jamelão)
2003 e 2004 – Inocentes da Baixada
2004 – Beija-Flor (apoio de Neguinho da Beija-Flor)
2005 – Portela
2006 - Grande Rio
2007 e 2008 - Mocidade
2008 - Império de Casa Verde (SP)
2008 e 2009 - Unidos da Cova da Onça (Uruguaiana-RS) - ao lado de Serginho do Porto
2009 a 2013 - Unidos da Tijuca
2011 - Tigres de Niterói (carnaval virtual)
2013 - Império Serrano (Uruguaiana-RS)
2014 a 2016 - Mocidade
Desde 2015 - Pega no Samba (Vitória-ES)
2017 a 2020 - Tom Maior (SP)
Desde 2019 - G.R.E.S São Clemente (participação especial)
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SAMBA DE SUA AUTORIA: "A Virgem dos Lábios de Mel - Iracema" (Beija-Flor/2017, com Claudemir, Maurição, Ronaldo Barcellos, Fábio Alemão, Wilson Tatá, Alan Vinicius e Betinho Santos)
Estandarte de Ouro: 1 (2008)